sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Vemo-nos num Conto...

Que histórias merecem ser contadas? 
Serão as grandes histórias feitas de grandes feitos, serão vividas por pessoas extraordinárias, deixarão grandes marcas, …? 
Recordo-me de, em pequena, fazer um jogo com o meu pai: andávamos pela rua, escolhíamos alguém e imaginávamos a sua história, continuávamos a fracção de conversa apanhada no ar,… Naquela rua, naquele conjunto de personagens imaginados (quem sabe, reais…), todos nos encontrávamos num Conto. 
Nunca fiz parte de outra história que não a minha…eu e provavelmente a grande parte das pessoas que encontro no metro pela manhã; mas imagino o tanto que há para contar em cada expressão ensonada. Naquele momento, os nossos Contos são apenas nossos; tocam-se somente num olhar que se cruza, num “obrigada” dito em modo automático. Mas, e se pudéssemos entrar nessas histórias, nas mais banais, nas que não fazem chover, nas que são simplesmente histórias de pessoas que se levantam de manhã sem esperar que algo de extraordinário aconteça?
Eu não quero fazer parte da sua vida…eu só quero entrar na sua história, mergulhar num mundo que não o meu…E então, talvez um dia destes, nos possamos encontrar num Conto…